Saiba tudo sobre o Pix e facilite sua vida

O Pix começa a funcionar nesta segunda-feira (16), com cerca de 30 milhões de pessoas cadastradas. O novo sistema de pagamentos instantâneos, desenvolvido pelo Banco Central, está disponível para clientes de 762 bancos, corretoras e instituições financeiras.

O sistema tem como principal objetivo aumentar a digitalização das transações financeiras no Brasil e, de acordo com o BC, a tecnologia deve aumentar a competição no mercado financeiro e reduzir a utilização do papel moeda.

Quais as vantagens?

O Pix está disponível 24 horas por dia, sem custos para pessoas físicas, todos os dias da semana. As movimentações são concluídas em menos de 10 segundos.

Quem pode utilizar o Pix?

Pessoas físicas e jurídicas, microempreendedores individuais (MEIs) e profissionais liberais podem utilizar o Pix.

O que é possível pagar com o Pix?

Já é possível fazer transferências, compras e pagamento de prestadores de serviço que também tenham o Pix. O Banco Central e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizaram um acordo do uso do Pix para pagar contas de luz.

Há um limite de transações?

Segundo o Banco Central, não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. As instituições que ofertam o Pix podem estabelecer limites máximos de valor para reduzir riscos de fraude.

O que é a chave do Pix e como criar?

A chave do Pix serve como o endereço da sua conta no Pix. O registro das chaves do Pix deve ser realizado em um banco ou instituição financeira onde você tem uma conta, por meio do aplicativo do celular, internet banking ou nas agências. Cada instituição financeira deve informar como proceder em relação ao Pix. A chave de endereço pode ser um e-mail, CPF ou CNPJ, número de celular ou código de números e letras aleatório denominado de EVP.

É possível ter quantas chaves do Pix?

Cada pessoa pode ter cinco chaves para cada conta da qual for titular. Já os clientes Pessoa Jurídica podem ter 20 chaves para cada conta.

Como fazer transações com o Pix?

No momento de um pagamento ou envio de dinheiro, o Pix vai aparecer no aplicativo do seu celular como uma das opções. Basta escolher o Pix que a operação será feita por esse sistema. As empresas também poderão oferecer o Pix como forma de pagamento por meio de um QR Code.

Segurança

Fique atento com falsos links enviados por e-mail ou pelo WhatsApp. Use apenas os canais de comunicação oferecidos pelas instituições financeiras para realizar as transações.

O Pix é pago?

O serviço é gratuito para pessoas físicas. Mas pessoas físicas e MEIs poderão ser cobradas pelo uso do Pix quando usado para um produto ou serviço em uma atividade comercial por QR Code dinâmico; recebimento de transação por usuário pagador pessoa jurídica que inicia a transação por meio de QR Code estático, dinâmico ou outra forma de iniciação associada ao Pix Cobrança; e o recebimento de mais de trinta transações com Pix no mês também gera cobranças.

Para a pessoa jurídica, a instituição detentora da conta do cliente pode cobrar tarifa em decorrência de envio e de recebimento de recursos, com as finalidades de transferência e de compra. Quando da realização de um Pix na situação de transferência, o recebedor não poderá ser tarifado.

Pix no varejo e franquias

A maioria dos sistemas já estão cadastrados para gerar QR Codes e realizar as operações do Pix, mas caso ainda não esteja, o empreendedor deve procurar o fornecedor para a atualização do software do PDV. Em relação às franquias, o franqueado precisa entrar em contato com o franqueador.

Futuro do Pix

A previsão do Banco Central é que estabelecimentos comerciais poderão oferecer saques a clientes em 2021. A partir de janeiro deve ser lançado a plataforma FGTS Digital, nela o Pix poderá ser usado também para recolhimento do fundo.

3 pilares para uma gestão financeira eficiente

Uma das habilidades dos empreendedores é ser multitarefa mas, muitas vezes, para o sucesso da empresa, a delegação de algumas atividades garante a eficiência e a eficácia.

Terceirizar, em alguns casos, traz economia de tempo e maiores resultados, uma vez que certas operações não são o foco principal da empresa, como por exemplo marketing e algumas atividades administrativas ou comerciais.

Mas o grande sucesso de uma empresa, principalmente de pequeno e médio porte, é o total domínio da responsabilidade financeira.

Quando você busca a terceirização, mesmo que internamente, delegando para um colaborador ou uma pessoa de confiança, sem sua participação no processo e passa a não se importar com as análises geradas, isso pode resultar em consequências catastróficas.

Temos vários casos muito bem sucedidos de terceirização e, para inúmeras empresas, esse pode ser o melhor caminho. Por exemplo, a terceirização da área contábil é um grande sucesso, quando conta com profissional qualificado que orienta no controle tributário, trabalhista e obrigações acessórias.

O alerta é quando você depende do terceirizado para orientar e informar qual é a saúde financeira da sua empresa.

Desta forma, destacamos 3 pilares para uma gestão financeira eficiente. Veja abaixo:

Conheça sua empresa como ninguém

Por mais que você contrate um especialista, ninguém conhece as particularidades da sua empresa como você. Talvez você não tenha as técnicas ou estudos aprofundados de análise, mas você tem o domínio do seu negócio.

Você sabe como seu cliente gosta de ser atendido, as melhores formas de pagamentos para o seu segmento, seu preço ideal, o que o mercado pratica e inúmeras outras informações.

Tudo isso levou você ao patamar que está hoje. É evidente que conselhos e opiniões podem ser escutados, analisados, testados, mas o tomador de decisão deve ser você! Você é o responsável e precisa compreender todos os processos e números.

Controle seus números e processos

O controle das informações é peça-chave para o sucesso da empresa. Por isso, empresas de pequeno e médio porte precisam de processos e controle financeiro tão rigorosos quanto grandes empresas, garantindo assim uma administração adequada, evitando fraudes, desvios e principalmente a falta de fluxo de caixa.

Controle diariamente sua entrada e saída de caixa, faça as conciliações corretamente (não existe processo mais eficiente para verificar se está faltando informações) e acompanhe seus resultados nos dashboards disponíveis.

Verifique sempre se os números estão corretos, principalmente se estiverem sido alimentados por um colaborador ou terceiro.

Tome decisões embasado em números

Não existe mais a possibilidade de você estar no século XXI e querer tomar decisões de forma empírica.

Quando se tem, por meio de controles, números da realidade da empresa, suas tomadas de decisões são mais eficazes e inteligentes, uma vez que é possível identificar mais facilmente o resultado financeiro dessas ações, direta ou indiretamente.

Tendo a compreensão dos números financeiros, você consegue de forma mais clara enxergar o que está impactando no lucro.

Análises como margem de contribuição, ponto de equilíbrio, fluxo de caixa, curva ABC de clientes e produtos, indicadores financeiros, formação de preço, tendências de despesas, acompanhamento de metas, são apenas algumas que toda empresa deve monitorar mensalmente.

Por isso, esses três pilares, quando colocados em prática, transformam de forma simples uma gestão baseada no “achismo” em uma gestão estratégica, onde você toma as rédeas do seu negócio, controla seus processos e usa esses números a favor de sua gestão.

Fonte: ContaAzul

Alta dos preços é debate da população e da reforma tributária

Atualmente, o assunto mais comentado e sentido pela população é o aumento dos preços, seja de alimentos, seja de bens e serviços. Um dos responsáveis por esse acréscimo nos valores é a inflação, que acentuou em setembro, puxada pela alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, e levou o mercado a rever as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 – chegando, em alguns casos, a 3%.

Mas os tributos também assumem um papel importante nesse cenário de aumento de valores. No caso dos alimentos, os principais tributos incidentes são PIS, Cofins e IPI, no âmbito federal, e o ICMS no âmbito estadual.

Segundo Otávio Carvalho, advogado do escritório Dosso Toledo Advogados, a tributação deve obedecer ao critério da seletividade, de modo que, quanto maior a essencialidade do produto para uma dieta saudável aos cidadãos, menor deverá ser sua carga tributária.

“Para entender como isso funciona, a carga tributária média do pão francês, do arroz e do feijão é de 16,8%, 17,2% e 17,2%, respectivamente, enquanto produtos como cerveja, vinho importado e cachaça são tributados em 42,6%, 69,7% e 81,8%. Dessa forma, os produtos essenciais são menos impactados”, comenta.

Ainda assim, os tributos são somados aos alimentos e elevam os preços. O advogado afirma que a desoneração tributária sobre produtos essenciais é um dos pontos de crítica às propostas da reforma tributária, que não trata de forma efetiva a questão da retirada da tributação, mas, sim, propõe simplificar a cobrança.

“No entanto, não se pode perder de vista o fato de que o aumento do valor dos alimentos está intimamente relacionado à alta do dólar, uma vez que o preço do arroz, assim como o da soja, é indexado pelo dólar. Assim, havendo valorização da moeda americana, há tendência de alta no preço de tais alimentos”, explica Otávio.

O tributo passa a incentivar ou desestimular determinados padrões de comportamento e consumo dos contribuintes, de acordo com as necessidades da sociedade, da economia e do interesse público.

“Por exemplo, podemos citar o caso do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), incidente sobre a propriedade de imóveis urbanos, o qual possui alíquotas consideravelmente menores para imóveis edificados em comparação a imóveis não edificados (terrenos), tendo por objetivo desestimular a especulação imobiliária e estimular a utilização do imóvel dentro de sua função social, exigida pela constituição”, orienta.

IPI

O especialista também destaca o caso do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), “cuja redução ou isenção da alíquota vinha sendo constantemente utilizada para estimular a compra de veículos zero quilômetro, já que impacta diretamente no preço desses veículos e, consequentemente, com o aumento nas vendas, aquece a indústria automobilística”.


Hoje, há duas grandes propostas de reforma tributária em trâmite: a PEC 45/2019, que está na Câmara dos Deputados, e a PEC 110/2019, no Senado Federal, ambas com o objetivo de simplificar o Sistema Tributário Nacional, ao que se refere à comercialização de bens e à prestação de serviços, com a extinção de uma série de tributos para a criação/unificação do IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços e do IS (Imposto Seletivo).

O IBS seria resultado da unificação do ICMS (estadual), ISS (municipal), IPI e Pis+Cofins (federais), enquanto o Imposto Seletivo incidiria sobre alguns bens e serviços específicos, como operações com petróleo e seus derivados, combustíveis e lubrificantes de qualquer origem, gás natural, cigarros e derivados do tabaco, energia elétrica, serviços de telecomunicações descritos no art. 21 da Constituição Federal, bebidas alcoólicas e não alcoólicas e sobre veículos automotores novos, terrestres, aquáticos e aéreos.

“Muito embora simplifique o sistema tributário, tal modelo ainda apresenta alguns pontos de incerteza, como, por exemplo, se culminará em um aumento ou em uma redução da carga tributária, notadamente aos consumidores finais, os quais sofrerão com o repasse dos tributos inseridos ao longo da cadeia” comenta Otávio.

Fonte: ComTexto