O Contador e 75 primaveras

Nos dias atuais o impacto da pandemia do novo coronavírus só fez acelerar a transformação digital na qual profissional e profissão têm vivido. Logo, assim como nós tivemos que nos adaptar ao novo normal, com o trabalho em casa, a contabilidade da era digital está caminhando a passos largos para a virtualização.

Nesse breve contexto, onde o virtual sobrepõe o digital tendo em vista que o conceito de virtual está ligado à ideia de potência, do vir a ser posterior a era digital, que nas palavras de Pierre Lévy, pesquisador da inteligência artificial, ele afirma que o virtual não se opõe ao real, mas ao atual.

Isso mesmo, pois o virtual não se opõe a realidade dos acontecimentos, mas sim ao presente (atual), aqui subentendido como sendo a era digital.

Nesse prisma, a tecnologia é aliada inseparável da contabilidade seja para maior produtividade ou performance em agilidade e eficiência. A contabilidade caminha aceleradamente para a virtualização de seus procedimentos.

Mas porque estou falando de toda essa modernidade tecnológica? Simplesmente para trazer à baila a comemoração dos setenta e cinco anos do dia do Contador, comemorado em 22 de setembro.

Isso se deu em razão de que em 22 de setembro de 1945, o então presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-lei nº 7.988, que criou o primeiro curso de Ciências Contábeis no Brasil na Universidade Federal de Minas Gerais.

De lá para cá são setenta e cinco primaveras. São três quartos de século. E por falar em primavera é também em 22 de setembro que se comemora a estação das rosas. Rosa também é a cor da rubislite que é a pedra preciosa que representa a contabilidade.

Quanta coincidência para essa profissão que nas palavras do contador e atual presidente do Conselheiro Regional de Contabilidade de Mato Grosso, Paulo Rühling, diz que buscar a história é nos fortalecer para saber o quanto o contador é essencial para a sociedade.

Durante esses setenta e cinco anos a contabilidade brasileira vem passando por inúmeras transformações, em especial após a adoção das IFRS que são as normas internacionais de informação financeira e das IPSAS que são as normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público, fazendo com que a contabilidade no Brasil tenha um salto de evolução. Basta ver o SPED e a automatização de tarefas rotineiras.

A importância dessa profissão é tamanha que nos Estados Unidos os sistemas contábeis se integram diretamente à conta corrente da empresa, sendo possível ter acesso às movimentações bancárias em tempo real.

Mas para que toda essa importância fosse notada, seja no exterior ou no Brasil foi preciso muitas noites de sono perdidas por ilustres estudiosos e empreendedores da contabilidade, dentre eles podemos citar a exceção de, João Lyra Tavares, considerado o patrono da classe contábil, os seguintes vultos da contabilidade.

São eles, Warren Allen, foi por seis anos presidente do Conselho da Federação Internacional de Contadores, o IFAC; Antônio Lopes de Sá, o escritor que mais editou artigos e livros no Brasil e na Itália; Ana Maria Elorrieta, membro oficial do IFAC e Vania Maria Borgerth, contadora do BNDES, dentre outras personalidades.

Também não podemos deixar de falar dos bilionários contadores, tais como Phil Knight contador público nos Estados Unidos, co-fundador da marca esportiva Nike; JP Morgan, um dos banqueiros mais influentes de todos os tempos. E no Brasil para quem não sabe, temos o apresentador Silvio Santos.

Esses vultos acima mencionados, sejam do passado ou da atualidade servem como fonte de inspiração para que o contador da era virtual esteja sempre a frente de seu tempo, seja nas ideias ou no propósito de real aplicação da contabilidade como ciência em benefício da sociedade.

Até porque o contador capacitado, qualificado e com visão futurista pode ser um ativo valiosíssimo para as corporações e entidades.

Parabéns Contador! E que venha muitas outras 75 primaveras.

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